Nada!
Horas e horas neste ponto morto
Onde caiu agora a minha vida...
Nem um desejo, ao menos!
Só instintos pequenos:
Apetite de cama e de comida!
Nem sequer ler um livro
Ou conversar comigo, discutir...
Nada!
Neutro, morno, a dormir
Com a carne acordada.
Miguel Torga, in "Diário (1939)
Um comentário:
Amo Miguel Torga! Suas poesias encharcam minha alma como a chuva que cai na terra!
Belo post!
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