" (...)Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires, Por que queres tu que eu fique, Porque é preciso, Não é razão que me convença, Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar, Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto, Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, Olhaste-me por dentro, Juro que nunca te olharei por dentro, Juras que não o farás e já o fizeste, Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro, Se eu ficar, onde durmo, Comigo. (...)"
José Saramago in Memorial do Convento.
4 comentários:
Que belo fragmento... As vezes não podemos impedir a partida.
beijo.
RENSGA ! Saramago deixou saudades.
oi. tudo blz? estive por aqui. muitolegal. apareça lá. abraços.
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