domingo, 29 de maio de 2011

POEMA COMEÇADO DO FIM

Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.


Adélia Prado

2 comentários:

Rosangela Ataide disse...

Felicidade sempre vem com cara louca, insensata... Acho que por isso é felicidade.
Bj.

banda chinfra disse...

sempre queremos a alma e o corpo , nunca menos que isso.

felicidade é devir, encontrar mesmo no inferno o espaço onde se terá a paz.