e fizeram braseiro
para aquecer a noite fria;
noite de qualquer dia.
Roubaram o teu riso
e encheram de gargalhadas
de luz e de música
as suas reuniões frustradas.
Da tua pele fizeram tambor
para nos ajuntar no terreiro!
Dondê nha Codê?
Não
não mataram o meu filho
que eu sei que o meu filho não morre.
(Se choro
são saudades de nha Codê...)
Nha Codê vive
na evocção de um mundo distante
no riso e no choro das ervas rasteiras
na solidão dos campos
nas pândegas de marinheiros
na vida que nasce e morre
em cada dia que passa!...
E em mim
essa saudade de nha Codê!
(in "Caminho longe", 1962, Terêncio Anahory, Cabo Verde)
2 comentários:
belo post.
Maurizio
Seu blog é muito bonito e ótimo de ler!
Parabéns!
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