É
a primeira vez que posto aqui no blog resenha de um livro. É que acabei de ler
o livro Razão e Sentimento (Sense and Sensibility), da escritora
inglesa Jane Austen, e estou enlouquecidamente in love por essa história, que
senti uma espécie de frenesi. Uma voz ficou martelando aqui no meu ouvido me
dizendo para escrever sobre esse livro. Então vamos lá.
Foi o primeiro livro publicado pela escritora,
em 1811. Primeiramente, é impressionante como a escrita de Austen nos
transporta para o século XIX com tamanha facilidade pela riqueza de detalhes
dos lugares, das roupas, dos hábitos e costumes da época. A história das irmãs
Dashwood me encantou de tal maneira, talvez porque elas fossem sonhadoras,
inteligentes, meigas, bem-educadas, pessoas que sabem apreciar literatura,
música e arte, ou então, porque eu me deliciava mesmo com aquelas paisagens
bucólicas e traçava comparações com os costumes da época, o fato é que eu não
queria que a história tivesse fim. E olha que já tinha assistido o filme antes,
ou seja, já sabia o que ia acontecer no fim, mas o livro.... Ah, o livro!!!!
Bom,
o livro conta a história de duas irmãs, Elinor e Marianne, que embora de
personalidades diferentes, se amavam de uma maneira intraduzível. Elinor é a “razão”,
a irmã mais velha, sensível e reservada, enquanto Marianne, a filha do meio, é
extremamente passional e espontânea. Há ainda a irmã mais nova, Margaret, uma
personagem secundária. O romance trata da clássica dicotomia lógica versus
paixão.
Jane
Austen mostra uma sociedade inglesa nos anos 1800s em um perfeito retrato da
aristocracia britânica, apresentando sentimentos humanos que são atemporais. As
duas mulheres vivem em uma sociedade construída pelo pensamento de que o “ter”
é mais importante que o “ser”, uma sociedade construída pelo senso comum.
Nesta
sociedade, Elinor aprendeu a refrear os seus sentimentos, assim como a
sociedade da época dizia que tinha que ser. Após a morte do pai, Henry
Dashwood, ela e sua família têm que se mudar da propriedade que até então
moravam. Elinor se apaixona por Edward, cunhado de seu irmão, mas mantém os
seus reais sentimentos escondidos.
Na
nova casa, Marianne se vê enlaçada pelos encantos do jovem Willoughby, mas ao
contrário da irmã, não esconde os seus sentimentos de ninguém, aliás, uma
atitude totalmente não convencional para a época. Mas, o mundo não é feito só
de amores, e as senhoritas Dashwood se veem às voltas com preconceitos,
falsidades, pensamentos machistas e casamentos por conveniência. Tudo era
diferente no século XIX, o livro não fala de uma cena de beijo ou sexo sequer.
As personagens mal se tocam, mas se amam, se admiram e respeitam de verdade.
A
dissimulação ditava os comportamentos. Elinor, como dito anteriormente, era tão
sábia e contida, que até mesmo nas ocasiões mais difíceis se mostrava uma
mulher forte e decidida, embora estivesse se desmoronando por dentro. Marianne
não escondia nada, tão imatura, sua aparência estampava ira, paixão, decepção,
exuberância. Era tão incontida que seu estado emocional foi posto em xeque e apresentou
graves problemas de saúde.
As
duas irmãs erram em seus julgamentos, cometem erros e aprendem com eles.
Aprendem que para encontrar felicidade pessoal na sociedade britânica do século
XIX, em que status e dinheiro governavam as regras do amor, era preciso
aprender a dosar razão e sentimento. Eu super recomendo!!!
2 comentários:
Oi Camila!
Também adoro Jane Austen, e esse livro é um dos meus preferidos!
O filme (versão antiga) com Ema Thompson e Kate Winslet também é muito bom.
Abraço
Obrigada ela dica!!!
amei conhecer seu espaço
Se permites te sigo com carinho
Preciosa Maria
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