domingo, 29 de novembro de 2009

LIMITES DO AMOR

Condenado estou a te amar
nos meus limites

até que exausta e mais querendo

um amor total, livre das cercas,

te despeça de mim, sofrida,

na direção de outro amor

que pensas ser total e total será

nos seus limites da vida.

O amor não se mede

pela liberdade de se expor nas praças

e bares, em empecilho.

É claro que isto é bom e, às vezes,

sublime.

Mas se ama também de outra forma, incerta,

e este o mistério:

- ilimitado o amor às vezes se limita,

proibido é que o amor às vezes se liberta.

Ele quis morrer para arrasar a morte e voltar.


Affonso Romano de Sant'Anna

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