domingo, 5 de abril de 2009

Sobre o Livro dos Abraços

Recentemente uma grande amiga me deu de presente um livro que, segundo ela, há tempos gostaria de ter me dado. Ela disse que talvez só eu fosse capaz de entendê-la ou que só eu gostasse tanto do livro como ela. Quando o abri, me deparei com o seguinte:
"O MUNDO
Um homem na aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
_ O mundo é isso - revelou. _ Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo."
Desde que o abri não consegui parar de lê-lo. Fiquei pensando como poderia eu ter vivido sem antes ter lido isso. Foi como se o meu mundo mudasse, ou como se eu passasse a enxergar o mundo com outros olhos. O livro "é afiado como a própria vida. Pode afagar, pode cortar".

Um comentário:

Elane arantes disse...

conheci vc a pouco tempo.... " Como vivi tanto tempo sem conhece-la".... rsrsr
Estou maravilhada com o q li aqui.. bjs